Fazia tempo que eu não aparecia por aqui. Resolvi escrever e ler um pouco mais. Cômico Engraçado que quando me olhei no espelho tive um pequeno vislumbre de quem fui, antes de todas aquelas lágrimas e os machucados eternos, antes de cair uma, duas, três vezes. Me vi sendo aquele poço de escuridão que ninguém conseguia fugir, mas que todos fingiam não ver. Me vi sozinha novamente e pela primeira vez em anos, percebi que ainda tenho a mim. Não é orgulho ou falta de amor, é amor, mas protegido por tanto medo, cautela e passado que me deixa com raiva quando percebo que o coloquei de bandeja pra um outro alguém, muito prazer meu nome é otário… É estranho pra falar a verdade, porque tudo o que sempre fui nunca pareceu ser o certo e de alguma forma eu sempre fui a punida por amar alguém, mas meu pecado ainda não me foi esclarecido. Não sou boa com esse tipo de felicidade, sou da turma dos felizes sozinhos e cheios de mágoas no coração, mas sempre que passo acabo deixando um pouco, trazendo um pouco, nem que seja apenas esperanças pra dar um passo, pra não desistir quando me convencer de que todos os medos devem ser colocados de lado e cair novamente, um peixe fora da água, borboletas no aquário.
