Um mundo diferente...

Um mundo diferente... Onde você possa se identificar.

sábado, 9 de março de 2013

Quero tanto...







Quero fazer muita coisa, quero ler a obra completa de Vinicius de Moraes e declamar um poema de Fernando Pessoa de cor. Quero aprender a amar e escrever um livro, cantar em uma banda de rock e quem sabe, querer muito, fazer sucesso, é tudo, e quero ser realmente feliz com o que sou, poder mudar minhas escolhas, fazer meus planos e recomeçar tudo o que não deu errado. Quero ter menos preguiça e mais sorriso e, quem sabe, um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida, na voz de Cazuza, é claro. Quero que minhas amizades durem pra sempre, mesmo que o pra sempre seja no meu coração e quero logo, quero paz, quero música boa. Quero mais do que muito, mais do que escrevo e mais do que sinto, quero a vida, quero viver. Daí eu acordo...




Fiz escolhas idiotas uma ou duas vezes, cem ou um milhão. Perdi coisa demais e deixei o teto desabar em cima de mim enquanto não tinha ninguém em casa pra ver a bagunça. Cai duzentas vezes e algumas foi mais difícil pra levantar depois. Esqueci e me lembrei de todos os medos, quis fugir e voltei correndo antes mesmo de chegar na cozinha. Fiz da minha vida um mar agitado e estava em um bote sozinha no meio do oceano. É assim que me senti em tantos momentos, mas havia milhares de cabos de aço me segurando, pessoas que se molharam pra não me ver afundar e quantas vezes, a dor me foi maior que a visão. Errei um milhão de vezes e escolhi tomar o caminho errado, a bebida mais forte. Escolhi me esconder de todos e acabei me perdendo de mim mesma. E quem nunca se perdeu? Voltei atrás mais vezes do que segui em frente e aprendi que isso era o errado. Pedi desculpas e outras vezes não disse uma palavra. Não escutei também e isso doeu como todas as outras vezes. Engraçado como o silêncio pode ser mais assustador do que o barulho. Me entreguei ao perigo enquanto chorava de medo. É estupido ser uma menina com o coração quebrado, mas isso nos faz aprender. Me perdi mais vezes do que possa contar, mas me encontrei, fui encontrada. Agora entendi. Sou eu, e apenas eu, responsável por cada pedaço da minha vida.

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